
“O pinhal foi de início mandado plantar pelo rei D. Afonso III, no século XIII, com o intuito de travar o avanço e degradação das dunas, bem como proteger a cidade de Leiria e o seu Castelo e os terrenos agrícolas da sua degradação devido às areias transportadas pelo vento, que se tornara uma grande preocupação para os habitantes da região.
Seria, então, mais tarde, entre 1279 e 1325, aumentado substancialmente pelo rei D. Dinis I, para as dimensões actuais. Procedeu-se então à sementeira duma área extensa que acompanha o litoral, especialmente com recurso ao Pinheiro-bravo. Alguns autores atribuem até o começo da plantação do pinhal a D. Sancho II.
Sempre que se procedia ao corte de árvores, era seguida uma replantação – desta forma o pinhal manteve-se intacto. Desde pelo menos o último quartel do século XV, o cargo de Guarda-Mor dos Pinhais de El-Rei ou Pinhais Reais de Leiria, Guarda e Couteiro das Matas dos Pinhais do Rei, foi hereditário nos Rodrigues Veloso, nos da Costa de Mesquita e, finalmente, nos da Silva de Ataíde, até à sua extinção em 1835.
O pinhal de Leiria foi muito importante para os Descobrimentos Marítimos, pois a madeira dos pinheiros era usada para a construção de embarcações. O pez foi ainda usado para proteger as caravelas. Ainda existem fornos onde este era fabricado.
Iria adquirir muita importância para o desenvolvimento económico e crescimento demográfico da região no século XVIII e século XIX, uma vez que foi dos principais impulsionadores de indústrias como a construção naval, a indústria vidreira, metalurgia e produtos resinosos (através da extracção da goma dos pinheiros, no século XIX) – a madeira era usada tanto como matéria-prima como fonte de energia para as indústrias e habitações.
Em 2017, durante os Incêndios florestais em Portugal de 15 e 16 de outubro, o pinhal ficou com 86% da sua área completamente queimada.
O Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) diz que a execução do Plano de Investimentos Matas Públicas do Centro e Litoral, que inclui a Mata Nacional de Leiria, vai permitir até 2022 a arborização de 2400 hectares desta área e o acompanhamento da regeneração natural de 6400 hectares.”
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